3 de abr. de 2008

CANSEI

Algum dia de 2007


CANSEI

Cansei de pedir asilo
No seu mundo inatingível
E ver minha alma desnudada
Ignorada por sua mudez impassível

Cansei de pedir visto
Pra adentrar seu território tão restrito
E ver minha alma desarmada
Barrada por sua miopia incorrigível

De repente já não é tão atraente
Que você seja assim tão diferente
Não sei o que se passa em sua mente
E nem como se sente realmente
Mas o gelo queima

Talvez não seja mais interessante
Fingir que é tudo mesmo irrelevante
Nossa real proximidade é tão distante
Nossa irreal proximidade é sufocante
E o gelo queima

Cansei de pedir licença
Pra ultrapassar sua fronteira vigiada
Cansei de tudo ou nada
Não quero mais jogar confete

E ver minha fantasia rasgada

Um comentário:

João Carvalho disse...

Sensacional estes versos Ana Paula,
dá licença para colocá-lo no meu blog? www.jbcfnews.blogspot.com
entra lá e comenta alguma coisa, vamos trocar impressões, ou versos, sei lá... será muito bom. Vamos?

abç.
João